Glândula Tireóide e Glicemia.

A glândula tireóide é responsável por produzir hormônios que regularizam nosso metabolismo energético. Existem estudos que comprovam que o número de pessoas com diabetes tipo 1 que também desenvolvem doenças de tireóide é muito grande. Portanto, é recomendada a avaliação da função tiroidiana nos pacientes portadores de diabetes tipo 1 já no diagnóstico inicial da doença.

Os portadores de diabetes tipo 1 no período inicial do diagnóstico podem apresentar algumas "substâncias" no sangue (marcadores auto imunes) contra a célula. De 85 a 90% das pessoas com diabetes têm estas substâncias no início da doença. Muitos destes pacientes podem apresentar outros anticorpos não relacionados ao diabetes.

A doença da tireóide pode ser apresentada de duas maneiras: o excesso de função, hipertireoidismo, e a diminuição da função, o hipotireoidismo. O hipertireoidismo é caracterizado pela elevação dos hormônios tireoidianos no sangue, o T3 e o T4, e a diminuição do hormônio produzido pela hipófise que estimula a tireóide a funcionar, o TSH. Como conseqüência, o paciente pode ter os seguintes sintomas: insônia, batedeira, queda de cabelo, pele úmida, sudorese, unha fraca, muita fome e perda de peso.

O aumento destes hormônios provoca a elevação na produção de glicose no organismo, que é jogada para a circulação. Em uma pessoa que não tem diabetes essa alteração é compensada pela produção de insulina, mas em quem tem diabetes isso pode significar piora do controle glicêmico.

No hipotireoidismo, ao contrário, os hormônios da tireóide estão diminuídos ou no limite mínimo da normalidade e o hormônio da hipófise, o TSH, encontra-se elevado. O paciente apresenta sonolência, cansaço, pele seca, eventual queda de cabelo e pode ocorrer aumento do peso. O controle da glicemia também pode ficar difícil, com maior incidência de episódios de hipoglicemia. O hipotireoidismo provoca um acúmulo de gorduras no sangue (lípides), o que pode aumentar o risco de complicações do diabetes.

Por isso é tão importante investigarmos a possibilidade da associação da doença tireoidiana quando temos diabetes e, principalmente, quando estamos tendo dificuldade em ajustar a dose de insulina ou de manter nosso controle adequado. O simples exame de TSH pode ser suficiente para detectarmos a presença de uma doença tireoidiana associada ao diabetes. Mesmo para aqueles que já têm hipotiroidismo ou hipertiroidismo é possível desta forma verificar se há necessidade de ajuste na dose da medicação do controle da tireóide e com isso auxiliar no controle da glicemia.



fonte: bengalalegal.com.br

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