Cientistas destacam resultados de remédio contra câncer de tireóide

Um medicamento experimental que inibe a formação vascular em tumores de câncer de tireóide pode frear o avanço da doença em alguns pacientes, revelou um estudo internacional divulgado hoje pela revista "New England Journal of Medicine".



Segundo pesquisadores do Centro Oncológico M.D. Anderson, da Universidade do Texas, o remédio, identificado como difosfato de motesanib, é um agente biológico que ataca os receptores de uma proteína conhecida como fator de crescimento endotélico vascular (VEGF, em inglês).



O VEGF é crucial na formação de novos vasos sanguíneos (angiogênese), um processo que permite o crescimento e propagação dos tumores (metástases).



Segundo Steven Sherman, autor principal do estudo, a quimioterapia típica para o câncer avançado de tireóide tem uma reação média de 25% ou menos.



"A maioria dos pacientes não são tratados com quimioterapia porque os benefícios limitados em muito poucas ocasiões justificam os efeitos colaterais", destacou.



No que consideram como uma das maiores provas clínicas, os cientistas utilizaram o difosfato de motesanib em 93 pacientes que enfrentavam um rápido avanço da doença.



De acordo com o relatório sobre o estudo, 49% tiveram reação positiva e, desse grupo, os tumores reduziram seu tamanho em 14%. Em 35%, os tumores se estabilizaram durante mais de 24 semanas.



Por outra parte, as análises genéticas em 25 pacientes indicaram que aqueles tinham uma mutação específica conhecida como BRAG V600E em tumores registraram uma melhor reação ao difosfato que aqueles que não a tinham.



Sherman esclareceu que é necessária uma maior investigação sobre este vínculo genético, embora os resultados iniciais pareçam ser um bom começo.



"Encontrar pacientes cujos tumores tenham uma mutação particular que responda melhor ao medicamento é um bom exemplo em relação a onde deveríamos dirigir nossa pesquisa", indicou o cientista.



Na maioria dos casos, o câncer de tireóide não é letal e a extirpação da tireóide e um tratamento com radiação poderiam ser suficiente, segundo os oncologistas.



No entanto, ao redor de 15% desenvolvem metástases, em sua maioria nos pulmões. Sua média de sobrevivência pode ser de entre dois e quatro anos.


FONTE: EFE

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