Campanha Contra Carência de Iodo

A deficiência crônica do iodo é um grave problema de saúde pública. Portanto, o Departamento de Tireóide da SBEM lança a campanha contra carência dessa substância. O iodo é um componente essencial do hormônio tireoidiano e sua falta pode ocasionar bócio e até mesmo hipotireoidismo.

Em todo o mundo, aproximadamente 2 bilhões de pessoas estão sujeitas às moléstias associadas à carência do Iodo. Mesmo com campanhas de erradicação da carência de iodo, ainda hoje, 15% da população mundial têm nutrição inadequada em relação a esse nutriente.

No Brasil, a iodação do sal tem sido realizada desde 1953. A legislação atual do Ministério da Saúde estabelece que todo o sal comercial tem que receber uma suplementação de pelo menos 40 miligramas de iodo por quilo de cloreto de sódio (sal de cozinha).

A deficiência crônica de iodo pode provocar diversos problemas de saúde. Em fetos, a falta da substância pode provocar anomalias congênitas, surdo-mudez, aumento da mortalidade perinatal e cretinismo endêmico. No recém-nascido, bócio neonatal, hipotireoidismo neonatal, retardo mental endêmico e aumento da suscetibilidade da tireóide à radiação nuclear.

Crianças e adolescentes podem sofrer de retardo do desenvolvimento físico. Esses jovens, bem como os adultos, também podem ter bócio, hipotireoidismo e aumento da suscetibilidade da tireóide à radiação nuclear.

Dentre esses, a doença mais devastadora é o cretinismo, caracterizado por um grave retardo mental, decorrente da falta de hormônio tireoideano no período critico de desenvolvimento fetal e nos primeiros meses após o nascimento.

A recomendação diária de ingestão de iodo varia conforme a idade e condições de gestação e amamentação.

* Recem nascidos e crianças - 90-120 µg/dia

* Idade escolar e adolecencia - 120-150 µg/dia

* Adulto - 150 µg/dia

* Gravidez e lactação - 200-300 µg/dia


(recomemdacao: ICCIDD, WHO e UNICEF)


FONTE: Departamento de Tireóide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

Novos Parâmetros de Diagnóstico para o Câncer de Tireóide

Durante a plenária Worldwide View of Thyroid Cancer, no primeiro dia da programação científica do ICE 2008, em 9 de novembro, o professor da Universidade Federal de São Paulo, Dr. Rui Maciel, apresentou uma análise com estatísticas globais sobre a incidência do câncer de tireóide, a partir de dados específicos de países dos cinco continentes.

Uma das principais conclusões decorrentes dos estudos conduzidos pelo pesquisador brasileiro é a necessidade de novas práticas e novos instrumentos para um diagnóstico mais apurado dos tumores do câncer endocrinológico mais comum – o da tireóide – em busca de um tratamento mais eficaz.
Os números apresentados comprovam que a ocorrência de carcinoma de tireóide está aumentando em todo mundo. O consenso da Grã-Bretanha, que é diferente do americano, do europeu, do brasileiro e de outros
consensos mundiais, poderia ser mais adequado para a condução dos casos.

Diferenciar os Casos Mais Graves

Refletir sobre tais dados significa deparar-se com um enorme desafio para os especialistas em câncer de tireóide, declarou o Dr. Rui Maciel: “Agora nós temos muito mais casos do que tínhamos no passado. A maior parte são casos simples que não precisavam de uma investigação tão importante. Temos que descobrir novos métodos para detectar os tumores mais graves, pois somente com o ultra-som não dá para descobrir”, explica.

O Dr. Maciel defendeu a necessidade de diferenciar os casos mais graves, pois “não dá para operar todo o mundo”, afirma, lembrando que há situações em que os pacientes podem conviver 50 anos com um tipo de câncer sem acontecer nada.

FONTE: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia por Cintia Salomão Castro

Departamento de Tireóide Disponibiliza Vídeos Científicos

Lançado em maio, durante o 13º Encontro Brasileiro de Tireóide, o site do Departamento de Tireóide da SBEM tem um espaço aberto para divulgação de vídeos. Para inaugurar está área foram disponibilizados 25 vídeos com apresentações na íntegra de atividade do curso Pré-congresso e da abertura do EBT, que este ano aconteceu em Campinas.

Dentre as apresentações disponíveis está uma palstra do Dr. Rui Maciel a respeito da "Elaboração e submissão de um projeto científico: como obter recursos para financiar a pesquisa". Alguns dos outros vídeos são:
•Guia Anatômico do Pescoço - Volume da tireóide na criança e no adulto - Dra. Claucia Duarte
•Princípios Físicos da Ultra-sonografia da Tireóide / Doppler Colorido - Interpretação ultra-sonográfica das imagens incluindo a terminologia básica - Dr. Bernardo Fonseca
•Aspectos Ultra-sonográficos da Tireóide no hipotiroidismo e no hipertiroidismo - Dr. Eduardo Lorena
•Avaliação do Hipo e Hipertiroidismo com Doppler Colorido - Dr. Bernardo Fonseca
•Avaliação Ultra-sonográfica dos nódulos tireóideos - Doppler Colorido - Dr. Eduardo Tomimori
•Punção aspirativa por agulha fina guiada por ultra-sonografia - Dra. Rosalinda Camargo
•Avaliação ultra-sonográfica cervical no planejamento cirúrgico do paciente com carcinoma bem diferenciado da tireóide - Dr. Nilton Herter
•Injeção percutânea de etanol guiada pela ultra-sonografia no tratamento dos nódulos tireóideos - Dra. Elizabeth Xavier Bianchini
•O uso da ultra-sonografia no consultório e ambulatório de tireóide - Dra. Maria Inez França
•Apresentação de casos clínicos com a presença dos pacientes - exames ultra-sonográficos ao vivo com projeção das imagens
•Como avaliar a expressão de proteínas - Dra. Maria Tereza Nunes
•PCR - Prática em tempo real - Dra. Érika Lia Brunetto Ract

Para assistí-los, acesse: http://www.tireoide.org.br/galerias/8/

ANS Determina que Planos de Saúde Cubram Tratamento com TSH Recombinante*

A Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) publicou recentemente um esclarecimento sobre o novo Rol de Procedimentos publicado na resolução RN n. 167/08, ordenando que os Planos e Seguradoras de Saúde forneçam cobertura de alguns medicamentos, dentre eles, o TSH Recombinante no acompanhamento e tratamento do paciente com Câncer Diferenciado de Tireóide.
Dr. Hans Graf, chefe da Unidade de Tireóide do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná – Serviço de Endocrinologia e Metabologia (SEMPR) e presidente eleito da Latin American Thyroid Society (LATS), afirma que essa resolução traz um grande benefício para os pacientes portadortes de CDT. “Com o TSH Recombinante, o paciente mantém uma melhor qualidade de vida durante o tratamento”, afirma o médico. Ele espera que no futuro, isto possa se estender, aos pacientes que necessitam do Sistema Único de Saúde.
O esclarecimento sobre o novo Rol de Procedimentos pode ser lido no site da ANS.

O Que é o TSH Recombinante?

No seguimento do paciente com Câncer de Tireóide, após a Tireoidectomia Total (TT) e Ablação de Remanescentes Tireoideanos (ART) com iodo-131 I (iodo radioativo) utiliza-se a dosagem de Tireoglobulina (TG), como o marcador tumoral ideal . Após cerca de 9 a 12 meses do procedimento inicial (TT + ART), os níveis da TG estimulada, associado ao emprego de imagens como Ultra-sonografia (US) cervical e Pesquisa de Corpo Inteiro, PCI, com iodo-131 I, podem informar que o paciente está potencialmente curado da sua doença.
Para que possam ser realizados os exames (TG estimulada e PCI), é necessário que o paciente esteja com os níveis de TSH (Hormônio estimulante da tireóide) elevados. Neste momento, a não elevação dos níveis da Tireoglobulina, que se mantêm indetectáveis.

Consultoria: Dr. Hans Graf

Sindrome Metabólica

Definição
Embora existam diferentes critérios para o diagnóstico da síndrome metabólica (OMS, NCP, EGIR), esta é de uma forma geral caracterizada por vários dos seguintes achados:

Obesidade, definida por um grande perímetro abdominal (cintura)
Hipertensão arterial

Hiperglicemia - níveis elevados de açúcar no sangue
Aumento dos níveis de triglicerídeos - um tipo de gordura no sangue
Dislipidemia - diminuição do HDL, o colesterol “bom”
Microalbuminúria - perda de albumina na urina


Fisiopatologia

As causas do desenvolvimento da síndrome metabólica são complexas e não se encontram ainda completamente esclarecidas. Um rastreio dos factores iniciais numa grande proporção dos doentes aponta para que uma dieta desequilibrada, aliada a um estilo de vida sedentário, sejam os principais factores de risco para o desenvolvimento da síndrome.

Todos os “sintomas” encontram-se estritamente relacionados. Uma má dieta e o sedentarismo frequentemente levam, por um lado, a um aumento dos níveis de colesterol que se deposita na parede dos vasos, uma condição designada aterosclerose; e por outro a obesidade. A obesidade encontra-se intimamente relacionada com um aumento da resistência periférica à insulina, que leva a hiperglicemia e pode evoluir para diabetes tipo 2, além de aumentar o nível de triglicerídeos e de colesterol em circulação. A hiperglicemia, e outras alterações típicas da diabetes vão causar dano adicional à parede das artérias e veias, potenciando a aterosclerose na crescente obstrução dos vasos, que irá condicionar um aumento da pressão sanguínea (hipertensão) ou um agravamento desta.

Vários outros mecanismos encontram-se também envolvidos neste processo complexo, que embora possa evoluir de formas diversas, condiciona sempre um aumento do risco de doença cardiovascular, como enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral, além de várias outras complicações, como insuficiência renal, cataratas, etc.


Tratamento
O principal e mais eficaz “tratamento” para a síndrome metabólica e complicações associadas passa por uma importante mudança nos hábitos de vida, nomeadamente uma alimentação mais saudável e prática de exercício físico regular com perda do excesso de peso, e deixar de fumar. Como os factores encontram-se interligados, a melhoria de um dos aspectos da síndrome metabólica pode levar a uma melhoria global de todo o quadro clínico.

Tratamento farmacológico pode ser necessário para controlar a hipertensão e os níveis de colesterol, sendo também corrente a utilização de ácido acetilsalicílico para evitar o risco de coagulação e trombose.

Síndrome Metabólica: Tireóide, Diabetes e Obesidade

No dia 29 de novembro de 2008, em São Paulo, a Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM/SP) promove o curso Atualização em Endocrinologia para o Clínico sobre Síndrome Metabólica: Tireóide, Diabetes e Obesidade.

“Hipertensão arterial, resistência à insulina, disglicemia, dislipidemia, inflamação vascular e estado protrombótico são consideradas seqüelas da gordura abdominal e caracterizam a Síndrome Metabólica”, explica o Dr. Roberto Raduan, presidente da SBCM/SP.

É possível prevenir, ou retardar, o desenvolvimento da Síndrome Metabólica através da adoção de um estilo de vida saudável, que deve incluir dieta equilibrada, atividade física regular e acompanhamento médico para controlar outros aspectos da saúde, como pressão arterial e níveis de açúcar e gorduras no sangue.

É importante que o Clínico Geral esteja preparado para reconhecer e tratar a Síndrome Metabólica porque seu papel vem se tornando cada vez mais importante e abrangente. Cabe a este profissional avaliar o paciente como um todo, fazer o diagnóstico, orientar e acompanhar o tratamento. Se necessário, encaminhar a um especialista, mas muitas vezes é o único médico ao qual o paciente tem acesso.

O acompanhamento de nutricionista, psicólogo, educador físico e outros profissionais da saúde também é importante para o sucesso do tratamento. Apesar da maioria dos serviços de saúde reconhecer a importância do tratamento multiprofissional, na prática, poucos o oferecem, até por limitações financeiras. Diante disso, fica nas mãos do Clínico Geral a orientação psicológica e nutricional, além do atendimento médico propriamente dito.

Dirigido a todos os profissionais da saúde, o curso englobará o manejo dos nódulos tireoidianos na prática clínica; o Hipo e Hipertireoidismo Subclínico; o tratamento farmacológico da obesidade e da síndrome metabólica; a hipertensão arterial sistêmica; as novas drogas para tratamento do Diabetes tipo 2; e a insulinoterapia no Diabetes tipo 2.

O valor da inscrição é R$ 100 e as vagas são limitadas. As inscrições encerram-se em 18 de novembro de 2008. Informações no site www.clinicamedicaonline.com.br.

Curso Atualização em Endocrinologia para o Clínico sobre Síndrome Metabólica: Tireóide, Diabetes e Obesidade
Data: 29 de novembro de 2008 (sábado)
Local: Bourbon Convention Center (Av. Ibirapuera, 2.927), São Paulo (SP)
Realização: Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica
Coordenador: Dr. Roberto Raduan
Valor da inscrição: R$ 100
Informações: www.clinicamedicaonline.com.br
Vagas limitadas

Fonte: Paran@shop

Chammas

Chammas é a classificação dada a nódulos de pescoço, geralmente concentrados na tireoide. Dependendo de sua classificação, define nódulos propensos a malignidade (carcinoma) a partir do nível 2 o nodulo deve ser investigado.
Antigamente, chamado de Lagalla, a classificação ajuda nas investigações do câncer de cabeça/pescoço, mas pode ser utilizado em outros nódulos encontrados no corpo.


Fonte: Wikipedia

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