Diagnóstico do Câncer de Tireóide

Geralmente, os pacientes que procuram um médico porque apresentam um nódulo no pescoço ou porque o bócio começou a crescer rapidamente. Uma vez que o nódulo foi descoberto, o médico fará um levantamento histórico do paciente e verificar se há algum sintoma que possa ser atribuído a nódulo de tireóide, tais como: tosse, dificuldade para engolir, sensação de falta de ar ou alterações da voz.

O médico irá fazer um exame físico com palpação e pode notar nódulos simples ou múltiplos ou ainda linfonodos cervicais aumentados. Neste caso, irá solicitar alguns exames de sangue para verificar o funcionamento da tiróide, tais como: dosagens de hormônios tireoideanos, T3 (radioimunoensaio de T3, triiodotironina) ;T4 (teste de tiroxina) ; exame de supressão da dexametasona (teste de supressão de cortisol), Calcitonina sérica e ACE (antígeno carcino-embrionário).

Se julgar necessário, pedirá também outros exames de imagem tais como:

Ultra-som da tiróide: as ondas sonoras apresentarão um gráfico da tiróide e este exame permite que o médico visualize o conteúdo do nódulo, principalmente se é líquido ou sólido.

Cintilografia da tiróide: a cintilografia permite detectar possíveis células anormais na tireóide.

Outros exames de imagem como ressonância magnética, Tomografia, Fdg-Pet Scan

Biópsia: uma pequena quantidade de tecido da tireóide será retirada por meio de uma agulha fina e o material será analisado microscopicamente.

A biópsia é um dos métodos mais utilizados para o diagnóstico de câncer de tireóide por ser mais simples, seguro e de baixo custo.

Mesmo sendo maligno, o câncer de tireóide, geralmente tem crescimento lento e se o paciente começa rapidamente o tratamento, as chances de cura são grandes.

FONTE: Equipe Oncoguia

Prevenção e Fatores de Risco

Como sempre costumamos falar, a prevenção é sempre o melhor remédio para qualquer tipo de doença. No caso específico de câncer, já são bem conhecidas as conseqüências que o tabagismo e o alcoolismo, por exemplo, trazem ao organismo. Portanto, afastar-se dos fatores de risco é fundamental para evitar o risco de desenvolver um câncer.

No caso de câncer de tireóide, o levantamento do histórico pessoal e familiar do paciente, assim como um bom exame físico são elementos importantes para o diagnóstico de câncer de tireóide. Os fatores considerados de risco são:

• Idade - os jovens com menos de 20 anos apresentam uma maior incidência de câncer de tireóide em nódulo detectado .
• Sexo – as mulheres costumam apresentar 30% mais câncer de tireóide que os homens.
• Nódulo associado à dor ou dificuldade constante para engolir. Nódulo associado à rouquidão constante.
• Radiação externa na região do pescoço durante a infância ou adolescência.Essa radiação costuma ser decorrente de casos de realização de RX freqüentes durante a infância, sem com colete com chumbo.
• Nódulo endurecido, irregular e firme.
• Presença de gânglios no pescoço.
• Antecedente familiar de câncer de tireóide.

O histórico do paciente, incluindo dados familiares, é, portanto, útil para a identificação de fatores de risco para desenvolver ou não um câncer de tireóide.

O exame físico também é muito importante. Apesar de não ser definitivo, em alguns casos, nódulos ou outras alterações percebidas durante o exame físico podem indicar e facilitar o diagnóstico de câncer de tireóide. Nesses casos, o médico irá pedir outros exames para confirmar ou descartar a hipótese de câncer de tireóide.

Atualmente nenhuma organização médica recomenda exames de rotina para prevenção do câncer de tireóide em pacientes que não apresentam nenhum sinal ou sintoma. Mas, é recomendado que seja feito um exame físico com a palpação da tireóide anualmente.

FONTE: Equipe Oncoguia

Sintomas do Câncer de Tireóide

O câncer de tireóide é um tumor que se desenvolvem na glândula tireóide. Essas lesões ou tumores na tireóide podem ser únicos ou múltiplos. Quando únicos, são denominados nódulos isolados ou únicos e quando múltiplos, formam o bócio multinodular. Esses nódulos são causados por diversos motivos: tumores benignos, tumores malignos, cistos, doenças inflamatórias na tireóide e bócio nodular.

Quase sempre, o câncer de tiróide se desenvolve lentamente. O câncer de tireóide é mais comum em pacientes que sofreram algum tipo de radiação na cabeça ou pescoço O primeiro sintoma costuma ser o aparecimento de um ou de mais nódulos indolores no pescoço com crescimento lento e gradativo. O tumor pode pressionar a traquéia e causar dificuldades para engolir ou respirar, mas este não é um sintoma comum.

Como com qualquer tipo de câncer, é importante ficarmos atentos para os sinais iniciais apresentados pelas doenças de tireóide. Muitos sintomas são comuns a várias doenças benignas, que devem ser igualmente investigadas. Apenas os médicos podem fazer um diagnóstico preciso. Os especialistas podem medir a quantidade de hormônio no sangue e determinar a estrutura e a função da glândula. Se um nódulo for encontrado, deverá ser analisado para que se verifique se ele é ou não maligno.

Um tumor de tireóide pode fazer com que a voz fique rouca ou pode dificultar a deglutição dos alimentos ou a própria respiração. Contudo, o câncer de tireóide não costuma produzir sintomas e pode ser encontrado em auto-exame feito pela própria pessoa ou em uma consulta médica na qual são feitos exames físicos de rotina.

O câncer de tireóide pode ser provocado por diversas doenças. Os tumores isolados ou únicos podem ser provocados por: cistos; tumores benignos; bócio ou, menos freqüentemente por carcinoma de tireóide. Já os nódulos múltiplos costumam ter como causa o bócio colóide ou ainda tireoidites, isto é, processos inflamatórios na tireóide. Quando ocorrer um nódulo maior do que os demais, a causa pode ser um tumor maligno por carência de iodo. Esta carência na ingestão de iodo pode provocar o bócio pode evoluir e chegar a ser um bócio nodular, isto é, com vários nódulos. Entre esses tumores pode ocorrer o desenvolvimento de algum deles para câncer de tireóide.

Tanto os tumores benignos quanto os malignos podem apresentar sintomas semelhantes. Geralmente os tumores iniciais não mostram sinais e só apresentam sintomas quando já se desenvolveram bastante, atingindo um volume maior.

Alguns sintomas de câncer de tireóide são:

dificuldade na deglutição, isto é, dificuldade para engolir alimentos;

dificuldade respiratória;

rouquidão; ou voz rouca com duas tonalidades distintas;

dilatação das veias do pescoço.

Não é comum o tumor de tireóide causar dor local, mas há casos de pacientes que relatam dor.

Além dos sintomas locais, podem ocorrer sinais e sintomas de hipotireoidismo ou de hipertireoidismo.

Alguns sintomas do hipotireoidismo são:

Cansaço
Depressão
Pele seca e fria
Prisão de ventre
Diminuição da freqüência cardíaca
Decréscimo da atividade cerebral
Voz mais grossa
Mixedema (inchaço duro)
Diminuição do apetite
Sonolência
Reflexos mais vagarosos
Intolerância ao frio
Alterações

São sintomas do hipertireoidismo:

Hiperativação do metabolismo
Nervosismo e irritação
Insônia
Aumento da freqüência cardíaca
Intolerância ao calor
Sudorese abundante
Taquicardia
Perda de peso resultante da queima de músculos e proteínas
Tremores
Olhos saltados
Bócio

Reafirmamos que esses sintomas podem aparecer para diversas doenças de tireóide e não só para os casos de câncer, portanto, quando houver qualquer suspeita de algo fora dos padrões, é importante consultar um médico.

FONTE: Equipe Oncoguia

Cientistas destacam resultados de remédio contra câncer de tireóide

Um medicamento experimental que inibe a formação vascular em tumores de câncer de tireóide pode frear o avanço da doença em alguns pacientes, revelou um estudo internacional divulgado hoje pela revista "New England Journal of Medicine".



Segundo pesquisadores do Centro Oncológico M.D. Anderson, da Universidade do Texas, o remédio, identificado como difosfato de motesanib, é um agente biológico que ataca os receptores de uma proteína conhecida como fator de crescimento endotélico vascular (VEGF, em inglês).



O VEGF é crucial na formação de novos vasos sanguíneos (angiogênese), um processo que permite o crescimento e propagação dos tumores (metástases).



Segundo Steven Sherman, autor principal do estudo, a quimioterapia típica para o câncer avançado de tireóide tem uma reação média de 25% ou menos.



"A maioria dos pacientes não são tratados com quimioterapia porque os benefícios limitados em muito poucas ocasiões justificam os efeitos colaterais", destacou.



No que consideram como uma das maiores provas clínicas, os cientistas utilizaram o difosfato de motesanib em 93 pacientes que enfrentavam um rápido avanço da doença.



De acordo com o relatório sobre o estudo, 49% tiveram reação positiva e, desse grupo, os tumores reduziram seu tamanho em 14%. Em 35%, os tumores se estabilizaram durante mais de 24 semanas.



Por outra parte, as análises genéticas em 25 pacientes indicaram que aqueles tinham uma mutação específica conhecida como BRAG V600E em tumores registraram uma melhor reação ao difosfato que aqueles que não a tinham.



Sherman esclareceu que é necessária uma maior investigação sobre este vínculo genético, embora os resultados iniciais pareçam ser um bom começo.



"Encontrar pacientes cujos tumores tenham uma mutação particular que responda melhor ao medicamento é um bom exemplo em relação a onde deveríamos dirigir nossa pesquisa", indicou o cientista.



Na maioria dos casos, o câncer de tireóide não é letal e a extirpação da tireóide e um tratamento com radiação poderiam ser suficiente, segundo os oncologistas.



No entanto, ao redor de 15% desenvolvem metástases, em sua maioria nos pulmões. Sua média de sobrevivência pode ser de entre dois e quatro anos.


FONTE: EFE

Dica de Livro



Título: Tudo o que Você Gostaria de Saber Sobre Câncer de Tireóide

Autor: Geraldo Medeiros

Editora: Geraldo A. de Medeiros Neto

Sinopse:
A notícia dada pelo médico, após os exames de ultra-sonografia e biópsia de nódulo da Tiróide, parece terrível. Algumas perguntas começam a fluir na sua mente, o que poderá me acontecer, os pensamentos voltam-se para a sua família, para fatos que já ocorreram com amigos, parentes ou conhecidos, surge a idéia fatídica da quimioterapia, da radioterapia, da cirurgia, da anestesia. Este livro se propõe a ajudar o paciente a ultrapassar esta fase, a conhecer melhor o problema, a enfrentar as decisões que, fatalmente, deverão ser tomadas.

Câncer de Tireóide

O câncer de tireóide é tipo mais raro de câncer, mas pode ser diagnosticado precocemente, aumentando as possibilidades de sucesso do tratamento. Embora seja três vezes mais freqüente em mulheres, a doença afeta também homens. A faixa etária de mais risco é entre 25 e 65 anos.
Ele se desenvolve a partir de um tumor maligno, que cresce dentro da glândula da tireóide e, normalmente, é descoberto por meio do auto-exame. É fundamental que o paciente procure um endocrinologista, para acompanhar o tratamento. Mesmo depois de encerrado é recomendada a visita regular ao especialista, para evitar que o câncer reapareça.

Aproximadamente 10% da população adulta têm nódulos tireoideanos, mas, desse número, cerca de 90% são benignos. A incidência da doença aumentou em 10% na última década, mas sua mortalidade diminuiu.
De 65 a 80% dos casos são diagnosticados como câncer de tireóide papilar; de 10 a 15%, são foliculares; de 5 a 10% são medulares e de 3 a 5% dos diagnosticados como anaplásicos.

Tipos de Câncer de Tireóide

- Carcinoma papilifero - é o mais comum. Pode aparecer em pacientes de qualquer idade, mas é mais freqüente entre 30 e 50 anos. Estima-se que uma a cada mil pessoas tem ou já teve este tipo de câncer. A taxa de cura é alta, chegando a quase 100%.

- Carcinoma folicular - Costuma ocorrer em indivíduos com mais de 40 anos. É mais agressivo do que o papilífero. Em dois terços dos casos, não têm tendência à disseminação. Um tipo de carcinoma folicular mais agressivo é o Hurthle, que atinge pessoas com mais de 60 anos.

- Carcinoma medular - Afeta as células parafoliculares, responsáveis pela produção da calcitonia, hormônio que contribui na regulação do nível sanguíneo de cálcio. É de difícil tratamento e, usualmente, se apresenta de moderado a muito agressivo.

- Carcinoma anaplásico ou inmedular - Extremamente raro. Contudo, é do tipo mais agressivo e tem o tratamento mais difícil. É responsável por dois terços dos óbitos de câncer da tireóide.

Fonte: Departamento de Tireóide
da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

Relação dos Hormônios e o Excesso de Peso

Dr. Anthony Hollenberg, Thyroid Unit Division of Endocrinology (Boston, USA), foi um dos convidados internacionais na programação do 13º EBT, em Campinas. O especialista abordou em sua palestra - "Regulation on the Thyroid Axis by Important Pathway in Body Weight Control" - a relação entre hormônios e excesso de peso.

Um dos tópicos na apresentação foi a relação entre os pacientes obesos e as alterações no TSH, mencionando que, às vezes, essa mudança está ligada à resistência à leptina.

Para fazer um parâmetro, o Dr. Anthony mencionou a descoberta da leptina, em 1994, descrevendo a participação do hormônio dentro do organismo. A leptina é um dos responsáveis pelo controle do peso, porém alguns anos após sua descoberta, descobriu-se que os obesos não tem falta de leptina e sim resistência ao hormônio.

Hormônio Tireoidiano e Obesidade

Segundo o especialista, os níveis de TSH são maiores nos obesos, ou seja, tratar a obesidade e reduzir o peso pode levar a uma melhora destes índices. O Dr. Anthony enfatizou a importância da prática da atividade física para mudança no estilo de vida e na redução do peso.

"O hormônio tireoidiano deve ser usado no tratamento da obesidade?", foi um dos questionamentos do especialista. O Dr. Anthony foi enfático a dizer "não". Ele explicou que o uso desses medicamentos para redução de peso, provaca efeitos indesejáveis no coração e no osso. Estão em estudos novos medicamentos, mas ainda serão necessárias diversas pesquisas.


Fonte: Departamento de Tireóide
da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

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